sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A princesa guerreira

 
       Há muito tempo atrás, existia no reino das cerejeiras um rei com uma bela esposa e com ela teve uma filha magnífica.
        Era pleno Inverno, estava muito frio, e a rainha apanhou uma terrível gripe, acabando por falecer. A princesa sentiu falta da sua mãe, mas como ainda era pequena, conseguiu superar essa perda. Com a idade, foi amadurecendo, e aprendendo a viver sem o amor materno. 
         Já com 16 anos, o rei achou que já estava na altura de revelar à princesa o mistério do livro que um mendigo deixara na noite em que a rainha morreu, e apenas as mãos delicadas da princesa o poderiam abrir.
          A princesa abriu o livro e ficou horas e horas a tentar perceber o que tinha quele livro de especial, foi então que viu escrito numa página, o seguinte:

                       
“Não sabes o que procuras,
          não sabes o que vai encontrar,
          não sabes quem sou,
          não sabes onde estou.

                          
Na montanha mais alta me vais buscar,
          sem ajuda nela vais entrar.
          Sair viva ou não,
          eis a questão…”

            A princesa não sentiu receio e teve logo vontade de partir.
           Mandou preparar os mantimentos, sem saber quanto tempo ia ficar. O rei quis enviar soldados, dos mais fortes, mas no livro era bem explícito,“ Sem ajuda nela vais entrar”.
           A princesa pôs-se a caminho, a montanha não ficava perto e já estava cansada, por isso decidiu parar um pouco. Sentou-se junto a um enorme tronco de uma frondosa árvore, e viu uma noz com um papel que dizia: “Come esta noz e algo irá acontecer! “A princesa assim fez, mas nada lhe aconteceu. Já a poucos metros da entrada da montanha, encontrou um lago, abeirou-se dele e bebeu água. De repente, ao olhar para tão límpida água, apercebeu-se que não encontrava o seu reflexo, não se conseguia ver, apesar daquele magnífico espelho projetar várias sombras. Teria  a noz feito com que a princesa se tornasse invisível? Inicialmente ficou assustada, porém decidiu seguir viagem.
          Já à entrada da montanha, 
deparou-se com dois coelhos gigantes e assustadores, junto a uma gruta, mas como estava invisível, passou por eles sem receio.
           Na gruta tudo era magnífico, havia várias entradas, e ela não sabia para onde ir, então ia tentado umas entradas e outras... até que ao fim de muito caminhar por longas galerias, encontrou uma ténue claridade e decidiu segui-la. Andou, andou,  já exausta, finalmente avistou uma porta, grande e antiquíssima.
            A porta era bastante pesada e estava perra, pelo que não foi fácil para a princesa tentar abri-la, mas com bastante esforço e, entre um barulho arrepiante,  lentamente se foi descerrando.
Do outro lado da porta encontrou um quarto, grande,  cheio de mantimentos, livros e coisas antigas, mas muito interessantes... e, mesmo no canto do quarto, a tricotar, estava a rainha.
              Voltaram para o castelo e viveram felizes para sempre.

 
Carolina Batalha e André Antunes
7ºA



       


Sem comentários:

Enviar um comentário